
De acordo com a equipe médica, quase todas as semanas crianças dão entrada nas unidades de saúde após consumir acidentalmente produtos químicos armazenados de forma inadequada em recipientes de alimentos ou bebidas.
Recentemente, um caso mobilizou toda a equipe hospitalar: um menino de apenas 1 ano ingeriu uma substância corrosiva que havia sido armazenada em uma garrafa de água. A criança, previamente saudável, sofreu queimaduras graves no esôfago e no estômago, necessitando de internação em UTI, uso de sonda, medicação intensiva e acompanhamento da equipe de cirurgia pediátrica devido ao risco de perfuração gástrica.
Armazenamento inadequado é a principal causa
Segundo os profissionais, o problema acontece muitas vezes com produtos usados para limpeza ou fabricação caseira de sabão — frequentemente armazenados em garrafas de água, refrigerante ou caixas de leite, o que facilita a ingestão acidental por crianças pequenas.
“É um problema muito alarmante. São crianças saudáveis que, por um descuido, acabam passando por situações gravíssimas”, alerta a equipe médica.
Complicações podem ser duradouras
Além do risco imediato de queimaduras graves e perfuração, muitas crianças desenvolvem estenose do esôfago após a fase aguda do quadro, precisando realizar endoscopias frequentes para dilatação do canal alimentar e conseguir se alimentar normalmente.
Campanha de conscientização
Diante da gravidade da situação, o centro está reforçando uma campanha de alerta à população e empresas, orientando que produtos de limpeza jamais sejam armazenados em recipientes utilizados para alimentos ou bebidas.
A orientação é clara:
Nunca reutilize garrafas, potes ou caixinhas de alimentos para armazenar produtos químicos.
A instituição também reforça a importância de manter substâncias tóxicas fora do alcance das crianças e com identificação adequada.
Prevenção salva vidas
O Gastrocentro da UNICAMP enfatiza que simples medidas de cuidado doméstico podem evitar acidentes graves e sequelas permanentes.
“Vamos pensar bem nisso. A prevenção é a melhor forma de proteger nossas crianças”, conclui a equipe.
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