
Durante o 73º Congresso Brasileiro de Coloproctologia, realizado de 03 a 06 de setembro em São Paulo, o grupo de pesquisa do Laboratório de Investigação em Doenças Inflamatórias Intestinais (LabDII), do Serviço de Coloproctologia, Departamento de Cirurgia, FCM – Unicamp, localizado no Gastrocentro, teve dois trabalhos de destaque.
O primeiro, conduzido pela doutoranda Maria Bernadette Zambotto Vianna, recebeu o Prêmio Tema Livre – 3º lugar, na categoria apresentação oral. Intitulado “A repressão de HABP4 e a superexpressão de MAO-A, SERBP1 e checkpoints imunes caracterizam um microambiente pró-inflamatório na Doença de Crohn”, o estudo identificou marcadores pró-inflamatórios que ajudam a compreender melhor a progressão da doença e podem abrir caminho para terapias mais personalizadas.
Outro trabalho do LabDII também ganhou projeção. O estudo “Interações entre microbiota intestinal, fatores dietéticos e ácidos biliares em pacientes com doença de Crohn”, desenvolvido pela pesquisadora de pós-doutorado, Marina Moreira de Castro, foi apresentado na Sessão de Melhores Temas Livres do Congresso (https://coloprocto2025.com.br/programacao/index_track_cronologico.php?dt_sel=2025-09-06#2025-09-06). O estudo mostrou que desequilíbrios no microbioma intestinal e alterações no metabolismo de ácidos biliares estão associados à doença de Crohn, com impacto da alimentação, incluindo o consumo de adoçantes à base de sacarina, sobre a composição bacteriana intestinal.
Segundo a Profa. Raquel Franco Leal, coordenadora do LabDII, o sequenciamento do microbioma permitiu identificar um perfil bacteriano associado à gravidade endoscópica da doença, além de bactérias que podem ser futuros potenciais probióticos.
A participação no Congresso Brasileiro de Coloproctologia, o maior evento da especialidade no Brasil, representou uma honra e um reconhecimento significativo, validando a excelência das pesquisas desenvolvidas no Gastrocentro e na Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp.



